sábado, 21 de maio de 2016

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Venezuela


República Bolivariana de Venezuela
República Bolivariana da Venezuela
Bandeira da Venezuela
Brasão de armas da Venezuela
Bandeira da VenezuelaBrasão das Armas
Lema: Dios y Federación ("Deus e Federação")
Hino nacionalGloria al bravo pueblo
("Glória ao bravo povo")
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Gentílicovenezuelano

Localização  Venezuela

Localização da Venezuela em verde escuro; área reivindicada pelos venezuelanos no território da Guianaem verde claro.
CapitalCaracas
Cidade mais populosaCaracas
Língua oficialEspanhol
GovernoRepública presidencialista
 - PresidenteNicolás Maduro
 - Vice-presidenteJorge Arreaza
 - Presidente da Assembleia NacionalHenry Ramos Allup
Independênciada Espanha 
 - Iniciada19 de abril de 1810 
 - Declarada5 de julho de 1811 
 - Reconhecida30 de março de 1845 
Área 
 - Total916 445 km² (33.º)
 - Água (%)0,3
 FronteiraBrasil a sul, Colômbia a oeste, Guiana a leste.
População 
 - Estimativa de 201031 703 499[1] hab. (43.º)
 - Densidade30 hab./km² 
PIB (base PPC)Estimativa de 2014
 - TotalUS$ 545,704 bilhões*[2]  
 - Per capitaUS$ 17 917[2]  
PIB (nominal)Estimativa de 2014
 - TotalUS$ 209,226 bilhões*[2]  
 - Per capitaUS$ 6 869[2]  
IDH (2014)0,762 (71.º) – elevado[3]
Gini (2010)39[4]
MoedaBolivar Venezuelano(VEF)
Fuso horário(UTC−4:30)
ClimaTropical, semiárido,equatorial
Cód. Internet.ve
Cód. telef.++58
Website governamentalwww.gobiernoenlinea.ve

Mapa  Venezuela
Venezuela (IPA: [be.neˈswe.la]), oficialmente República Bolivariana da Venezuela (em espanholRepública Bolivariana de Venezuela), é um país da América localizado na parte norte da América do Sul, constituída por uma parte continental e um grande número de pequenas ilhas no Mar do Caribe (português brasileiro) ou mar das Caraíbas (português europeu), cuja capital e maior aglomeração urbana é a cidade de Caracas. Possui uma área de 916 445 km², sendo o 32º maior país no mundo em território.
Suas fronteiras são delimitadas a norte com o Mar do Caribe, a oeste com a Colômbia, ao sul com o Brasil e ao leste com a Guiana, com quem mantém disputas territoriais. Através das suas zonas marítimas, tem soberania sobre 71.295 km² demar territorial, 22.224 km² na zona contígua, 471.507 km² do Mar do Caribe e o Oceano Atlântico sob o conceito de zona económica exclusiva, e 99.889 km² de plataforma continental. Esta área marinha faz fronteira com treze estados soberanos, sendo Trinidad e TobagoGranadaSão Vicente e GranadinasSanta Lúcia e Barbados alguns deles. Sua população é estimada em 31 703 499 habitantes[1] e a capital nacional é Caracas. O país enfrenta graves problemas sociais e econômicos, tais como a inflação (que é a mais alta do mundo), escassez de produtos básicos nos mercados, alta criminalidade e censura da imprensa.[5] [6]
O território venezuelano foi colonizado pelo Império Espanhol em 1522, apesar da resistência dos povos nativos. Em 1811, tornou-se uma das primeiras colônias hispano-americana a declarar a independência, mas que apenas foi consolidada em 1830, quando a Venezuela deixou de ser um departamento da Grã-Colômbia. Durante o século XIX, o país sofreu com instabilidade política e autocracia, dominado por caudilhos regionais até meados do século XX. Desde 1958, houve uma série de governos democráticos. No entanto, choques econômicos nas décadas de 1980 e 1990 culminou em várias crises políticas, como os motins mortais durante o Caracazo de 1989, duas tentativas de golpe em 1992, além do impeachmentdo presidente Carlos Andrés Pérez por desvio de fundos públicos em 1993. O colapso da confiança permitiu que Hugo Chávez ganhasse força. Ele criou o conceito de "Revolução Bolivariana" ao aprovar uma nova constituição em 1999.
O país é amplamente conhecido por suas vastas reservas de petróleo, pela diversidade ambiental do seu território e por seus diversos recursos naturais. É considerada uma nação megadiversa,[7] com uma fauna diversificada e uma grande variedade de habitats protegidos. As cores da bandeira venezuelana são o amarelo, azul e vermelho, nessa ordem: o amarelo representa a riqueza da terra, o azul o mar e o céu do país, e o vermelho o sangue derramado pelos heróis da independência.[8]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Jasmar SanchezAmérico Vespúcio e Juan de la Cosa foram os primeiros a explorar a costa da Venezuela em 1499. No dia 24 de Agosto desse ano chegaram ao que é hoje o lago de Maracaibo, onde encontraram nativos cujas casas estavam construídas sobre estacas de madeira fixas no lago (palafitas). Vespúcio, que era italiano, achou aquelas construções semelhantes às da cidade de Veneza e por isso chamou a região de Venezuela, ou seja, "Pequena Veneza".
Por outro lado, Martín Fernández de Enciso, um geógrafo que acompanhava a expedição, afirma na sua obra Summa de Geografia (1519) que junto ao lago existia uma grande rocha plana, em cima da qual havia um povoado indígena conhecido como Veneciuela. Assim, o nome Venezuela pode ser nativo, e não estrangeiro. No entanto, a primeira versão permanece como a mais divulgada e aceita.

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História da Venezuela

Primeiros povos e colonização europeia[editar | editar código-fonte]

Antes da chegada dos europeus, a Venezuela era habitada por vários povos dos quais se destacam os índios caribes, osaruaques e os cumanagatos.
Em 1498 Cristóvão Colombo chegou à costa da Venezuela durante a sua terceira viagem ao continente americano. A colonização espanhola iniciou-se em 1520, incidindo nas ilhas e na região costeira. Em 1567 foi fundada a cidade de Caracas, que se tornaria o centro mais importante da região.
O território que é hoje a Venezuela esteve dividido entre o Vice-Reino do Peru e audiência de Santo Domingo até ao estabelecimento do vice-reino de Granada em 1717. Em 1776 a Venezuela tornou-se uma capitania-geral do Império Espanhol.

Grã-Colômbia e independência[editar | editar código-fonte]

 Mais informações: Grã-Colômbia
Mapa da antiga Grã-Colômbia.
A assinatura da Independência da Venezuela, de Martín Tovar y Tovar.
Com as crises institucionais na Espanha, por volta de 1808, começaram movimentos pela libertação das colônias espanholas nas Américas. Em 20 de julho de 1810, acontece a primeira tentativa de proclamação da independência. Uma longa guerra pela independência liderada principalmente por Simón Bolívar e Francisco de Paula Santander, terminou em 7 de agosto de 1819, após aBatalha de Boyaca. Neste ano, o Congresso de Angostura fundou a República da Grã-Colômbia.
O país era formado no momento por Nova Granada e Venezuela, tendo o Equador sido incorporado posteriormente. Pouco depois, houve falta de consenso entre federalistas e unionistas. Após vitórias dos primeiros, Venezuela e Equador se separam do país e constituem duas repúblicas separadas. As divisões internas, políticas e territoriais levaram à secessão da Venezuela e de Quito (atual Equador) em 1830.
Em 1809 ocorreu a primeira insurreição independentista encabeçada pelo general Francisco de Miranda. A independência foi proclamada em 5 de Julho de 1811, mas Miranda foi preso e foram necessários dez anos de luta contra as forças espanholas até a decisiva batalha de Carabobo (1821).
A Venezuela integrou então a República da Grande Colômbia, junto com a ColômbiaEquador e Panamá. Após a morte de Simón Bolívar, o grande herói da independência, a Venezuela retirou-se da Grande Colômbia.
Entre 1830 e 1848 o país foi governado por uma oligarquia conservadora até passar para a mão dos ditadores Monagas (1848–1858). A revolução de 1858 encabeçada por Julián Castro conduziu o país a um período de instabilidade, agravado pela guerra civil entre conservadores e liberais que se desenvolveu entre 1866 e 1870, após a introdução no país de uma constituição federalista (1864).
De 1870 a 1888 o liberal Antonio Guzmán Blanco governou a Venezuela de forma autoritária, exercendo uma política de obras públicas, de luta contra o analfabetismo e contra a influência da Igreja Católica. Ao seu governo sucederam-se períodos de pequenas ditaduras militares. Cipriano Castro apoderou-se da presidência em 1899 e pôs em prática uma política externa agressiva que provocou em 1902 o bloqueio e ataque dos portos da Venezuela pela InglaterraAlemanha e Itália.

Século XX[editar | editar código-fonte]

Juan Vicente Gómez governou a Venezuela por 27 anos (1908–1935).
Em 1908 Castro foi deposto por Juan Vicente Gómez, ditador durante os vinte e sete anos seguintes. Foi durante o seu governo, em 1922, que se iniciou a exploração das jazidas de petróleo da Venezuela.
Em 1945, após a queda da ditadura do general Isaías Medina Angarita, Rómulo Betancourt, fundador do partido Acción Democrática, tornou-se presidente provisório até as eleições livres de finais de 1947 que levaram o escritor Rómulo Gallegos à presidência. Uma revolta militar retirou-o do poder; em 1953 instalou-se a ditadura de Pérez Jiménez.
O ditador militar Pérez Jiménez foi forçado a deixar o poder em 23 de janeiro de 1958.[9] Em um esforço para consolidar a jovem democracia, os principais partidos políticos (com a notável exceção do Partido Comunista da Venezuela) assinaram o Pacto de Punto Fijo. O Ação Democrática e o COPEI iriam dominar o cenário político do país por quatro décadas.
Em 1960 houve movimentos guerrilheiros substanciais, como as Forças Armadas de Libertação Nacional e o Movimento da Esquerda Revolucionária, que havia se separado de Ação Democrática em 1960. A maioria desses movimentos depuseram as armas sob a presidência de Rafael Caldera (1969-1974); Caldera tinha ganhado a eleição 1968 pelo COPEI, sendo a primeira vez que um partido diferente do Ação Democrática assumia a presidência através de uma eleição democrática.
A eleição de Carlos Andrés Pérez, em 1973, coincidiu com a crise do petróleo de 1973, que viu a renda da Venezuela explodir quando os preços do petróleo subiram, enquanto as indústrias petrolíferas foram nacionalizados em 1976. Isto levou a aumentos maciços nos gastos públicos, mas também ao aumento da dívida externa, que continuou até a década de 1980, quando o colapso dos preços do petróleo na década de 1980 prejudicou a economia venezuelana. À medida que o governo começou a desvalorizar a moeda em fevereiro de 1983, com o objetivo de cumprir com as suas obrigações financeiras, o nível de vida real dos venezuelanos caiu drasticamente. Uma série de políticas econômicas fracassadas e o aumento da corrupção no governo levaram ao aumento da pobreza e do crime, o agravamento dos indicadores sociais e aumento da instabilidade política.[10]
A crise econômica na década de 1980 e 1990 levou a uma crise política que deixou centenas de mortos nos distúrbios de "Caracazo" em 1989; duas tentativas de golpes de Estado em 1992 e o impeachment do presidente Carlos Andrés Pérez (reeleito em 1988) por corrupção em 1993. O golpista Hugo Chávez foi perdoado março 1994 pelo presidente Rafael Caldera, quando seus direitos políticos foram restabelecidos.[11]

fonte:  Josias Brinajosiasbrina.blogspot.com

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